QUADRO EVOLUTIVO DA CONCEPÇÃO DO TERMO
METÁFORA, A PARTIR DE ARISTÓTELES.
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ARISTÓTELES: Substituição de uma palavra por outra.A metáfora é o transporte para
uma coisa de um nome que designa um outro nome, um transporte ou de gênero
para espécie, ou da espécie para o gênero ou da espécie para a espécie ou de
acordo com a relação de analogia
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BALLY: (Sem data no
original): Metáfora não é nada além de uma comparação onde o espírito,
enganado pela associação de duas representações, confunde, em um único termo,
a noção caracterizada, o objeto tomado por ponto de comparação. Aquele que
diz: 'Este homem é ardiloso como uma
raposa' (comparação), afirma, em uma forma analítica a mesma coisa que se
dissesse: ‘Este homem é uma raposa'
(metáfora). Alias, estas associações são baseadas em analogias vagas, por
vezes, muito ilógicas.
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BARTHES (1964): Todas as sucessões metafóricas são um
paradigma sintagmático.
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COHEN (1966): A metáfora poética é a passagem da
linguagem denotativa para a linguagem conotativa, passagem obtida pelo desvio
de uma palavra que perde o seu sentido no nível da primeira linguagem, para encontrá-lo na
segunda. Para que a conotação, ou seja, a poesia apareça, não deve haver
nenhum elemento em comum entre ambas. Então,e só então, na ausência de
qualquer analogia objetiva, surge a analogia subjetiva, o significado
emocional o sentido poético.
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SOJCHER (1969,): Renunciando ao dualismo de Cohen, é
necessário talvez ver na metáfora, não o segundo tempo da figura, (a
resolução de desvio por mudança do código), não um golpe de força contra a
linguagem, nem a criação de uma linguagem nova, mas somente um nível de
aprofundamento da linguagem prosaica, sempre melhor aproximada,melhor
adequada. Não há metáfora sem esta potencialidade de relações justas e sem a
sua aplicação, sem a motivação do signo.A metáfora, em um sentido amplo
substitui “ao termo próprio, um outro termo que desvia-se do seu emprego e do
seu sentido para conferir-lhe um emprego e um sentido novo.”
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ECO (1975): A metáfora nasce de uma agitação
interna ao sémiosis. Pode-se
inventar uma metáfora graças à linguagem que, no seu processo de sémiosis ilimitado, constitui uma rede
multidimensional de metonímias onde cada uma é explicada por uma convenção
cultural antes que por uma semelhança original. (.) A metáfora se apóia em uma metonímia.
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RICOEUR
(1975) ...“o lugar” da metáfora, seu lugar mais íntimo
e último, não é nem o nome, nem a frase, nem mesmo o discurso, mas a junção do
verbo ser. O “é” metafórico significa ao mesmo tempo “não é” e “é como”.
FONTANIER (1977) Os tropos por semelhanças [isto é, as
metáforas] consistem em apresentar uma idéia sob o signo de uma idéia mais
atraente ou mais conhecida,que, aliás, só se atem à primeira por uma certa conformidade ou analogia
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MARCHAL(In JONGEN,1980): Uma expressão linguística
será considerada metafórica na medida em que os termos que a envolve
pertençam a linguagens diferentes, a universos semânticos diferentes. Produzir uma
metáfora equivale a produzir uma nova
linguagem, ou melhor, a produzir uma nova prática discursiva.Com efeito,
contrariamente ao neologismo que consiste em renovar o léxico através da
introdução de novas unidades,o esforço da metáfora atua essencialmente no
contexto de um léxico existente e conseqüentemente sobre sua semântica.
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KLEIBER (1983, citado por MEYER, 1988): Só existe uma
metáfora se: (1) o sentido literal não corresponde ao que quis dizer o
orador/ ou não remete a um referencial que faz parte de sua referência
virtual, (2) o entendimento do que quis dizer o orador ou a descoberta da
referência atual 'estranha' passa para a aplicação de mecanismos de
similaridade.
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LAKOFF (1985): A essência de uma metáfora é que ela permite compreender uma coisa (e de
experimentá-la) em termos de uma outra coisa qualquer.
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KLEIBER (Em Charbonnel, 1999): Na base de qualquer
metáfora existe uma transgressão do uso ordinário de palavras e combinações,
em suma, um ‘crime literal’. Normalmente, o termo leão não se destina
a ser predicativo de um homem (Paul é um leão), do mesmo modo que engolir
não se refere a qualquer ação de ondas (As
ondas engolem...). Portanto, há algo inconveniente em declarações
metafóricas, que serve como um critério na identificação parcial da maioria
das definições de metáfora.
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LONNOY (2001-2002): O conceito de metáfora baseia-se na adição de conotações à noção de comparação. |
Tradução:Niuza Eugênia http://auladefrances-bh.blogspot.com
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Atividades de extensão relativas ao tema ANALOGIAS, METÁFORAS e MODELOS na TECNOLOGIA, na EDUCAÇÃO e na CIÊNCIA
14/03/2012
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